Escola do carnavalesco Paulo Barros fatura o quarto título de sua história. Agremiação já havia conquistado o carnaval em 1936, 2010 e 2012.
Com enredo sobre Ayrton Senna, a Unidos da Tijuca acelerou na avenida e faturou o quarto título de sua história. A escola do Borel foi a última a cruzar a Marquês de Sapucaí na segunda-feira (3), encerrando os desfiles do Grupo Especial do Rio.
O carnavalesco Paulo Barros convocou personagens famosos de desenhos e jogos para desafiar o tricampeão da Fórmula 1, cuja morte completa 20 anos em maio. Divididos em 34 alas, os 3,6 mil componentes da agremiação representaram animais velozes, máquinas potentes e super-heróis. A Unidos da Tijuca foi campeã em 1936, 2010 e 2012.
Tijuca foi igual ao Senna, ganhava sempre na reta final', diz presidente
O presidente da escola campeã, Fernando Horta, disse que não tinha dúvidas da vitória. "Depois do desfile da Tijuca eu não tinha dúvida. Foi o conjunto todo, da harmonia, da bateira, todo o conjunto da escola estava perfeito", declarou.
Horta ainda comparou a vitória da Unidos da Tijuca ao Ayrton Senna: "A Tijuca foi igual ao Senna, ganhava sempre na reta final", afirmou.
O presidente parabenizou a todos os envolvidos no trabalho para o desfile da Unidos da Tijuca neste carnaval. "É muita emoção devido ao trabalho. Fazer uma escola de comunidade é muito difícil. Parabéns a toda a minha diretoria, todos os nossos segmentos, que vieram para ganhar esse carnaval", declarou Fernando Horta.
“Foi um ano de superação”, declara a rainha da bateria Juliana Alves
A rainha da bateria da escola, Juliana Alves, comemora o título com muita emoção: “A Tijuca merece esse título. Muito orgulho de ser tijucana, muito amor por essa escola acima de tudo. Foi um ano de superação, parceira, muito trabalho, muita humildade e acima de tudo. A Tijuca cresceu ao longo dos anos. A prioridade da Tijuca é trazer novidade, é trazer irreverência e alegria pro povo. E a gente conseguiu ser campeã. Eu estou muito orgulhosa!”, declarou a atriz e ex-BBB.
“Dedico esse título aos meus bailarinos maravilhosos”, declara coreógrafa Priscila Motta
“Tenho que dedicar esse título aos meus bailarinos maravilhosos, que fizeram um trabalho incrível! Agora eu vou poder dormir. Chega de ensaiar. Uma semaninha de folga. Foi um ano difícil. Com um enredo desse, a gente tinha que trazer uma comissão de frente a altura. A gente sabe da expectativa das pessoas para a comissão de frente. Então, a gente se dedica muito. Acho que a dedicação é proporcional à expectativa criada e à recepção que a gente tem quando passa aqui. Agora eu vou descansar um pouquinho e começar a trabalhar para o ano que vem, porque a gente sabe que a responsabilidade aumenta a cada ano”, revelou a coreógrafa.
O abre-alas simbolizou os boxes, onde os pilotos costumam se preparar antes de corridas. As baianas rodaram vestidas com saias que tinham detalhes em amarelo e azul, representando uma largada. Bruno Senna, sobrinho do homenageado, e Viviane, irmã, desfilaram. Tinga cantou o samba, de versos como "Acelera Tijuca, eu vou com você / Nosso lema é vencer / Guiando o futuro, que um sonho construiu / Ayrton Senna do Brasil".
O quinto carro alegórico levou para a avenida diversas fotos de Senna. O piloto, que morreu em um acidente na Itália, em 1994, foi três vezes campeão mundial, em 1988, 1990 e 1991. O carro que encerrou o desfile mostrou o início de Senna no kart, com troféus.
